A pesquisa objetivou investigar o processo colonizatório e as
relações interétnicas nos municípios que compuseram a antiga Fazenda Saudades,
no Oeste de Santa Catarina e como este processo se insere na construção da
história regional, aprofundando o estudo sobre as memórias de seus habitantes e
a ressignificação dessas vivências sob a ótica patrimonial. A metodologia
utilizada compreendeu o estudo de diferentes fontes e documentos que tratam do
povoamento e colonização da região Oeste Catarinense, com base no gênero
narrativo da micro-história e a perspectiva metodológica da história oral, como
viés complementar de análise. Dessa forma, foram produzidas entrevistas com
moradores de alguns dos municípios que integram a antiga Fazenda Saudades, no intuito
de considerar o ponto de vista dos indivíduos que fizeram parte do processo de
formação histórica da região. Os principais resultados desse estudo indicam
processos de adaptação social por parte dos diferentes grupos étnicos, uma vez
que o conjunto de fatores econômicos, políticos e sociais resultados da
colonização, propiciou o surgimento de processos de assimilação, mas também fronteiras
que permanecem até o presente em muitos contextos da região pesquisada. Sob a
ótica do patrimônio cultural foram identificadas poucas iniciativas de
patrimonialização de memórias e estratégias para minimizar injustiças sociais,
integrando os indivíduos à margem do padrão de desenvolvimento. Nesse sentido, o diálogo entre
diferentes grupos étnicos e as fronteiras sociais e culturais, a partir das
frentes de expansão na antiga Fazenda Saudades, permitem expor experiências que
contribuem para novas percepções sobre os sujeitos do Oeste Catarinense e a
formação do espaço regional.
Trabalho completo disponível em https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/3047
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